Danka Maia é Escritora, Professora, mora no Rio de Janeiro e tem mais de vinte e cinco obras. Adora ler, e entende a escrita como a forma que o Destino lhe deu para se expressar.
Ama sua família, amigos e animais.
“Quando quero fugir escrevo, quando quero ser encontrada oro”.
Ola Queridas Happy demais pelo penúltimo dia de fevereiro, vindo um fim de semana que promete, e feriadão prolongado para muitas de nos. Que maravilha. Então #PartiuCarnaval Contem pra gente o que vocês vão usar nesse carnaval, por favor moças, dividam aqui no blog seus look pro carnaval. Na minha humilde opinião essa é a época pra arrasarmos nos look's de carnaval. Estou em duvida, mas tenho algumas ideias que acho que vão gostar.
1ºLook Moda Machine (Chique)
Esse look com a saia estampa de frutas, é tudo de bom. Completando o look com uma sandália de salto grosso, alem de uma blusa larga branca. De acessório, brincos perolados pequenos, uma colar com pingente também pequeno. Alem de um bracelete largo com strass. Óculos pra finalizar a produção
2ºLook Moda Machine (Casual)
Um Short jeans de cor, uma camisa ampla que pode ser branca ou de cor, tanto faz. Uma sapatilha aberta que seja confortável e pra finalizar um óculos.
3ºLook Moda Machine (Ousada)
E esse é um look da qual eu estava babando no site da C&A. Ok, não to fazendo propaganda, mas é onde eu mais vou pra compra. Blusa leve, Saia meio comportada, um lindo Ankle Boots e brinco grande, pra dar um destaque. Usando uma maquiagem mais escura nos olhos e não exagerando no batom.
4ºLook Moda Machine (Na praia)
Outro look é com camiseta de algodão leve e short de alfaiataria modelo tipo trapézio. Não esqueça que escolha um modelo estampado. Um colar comprido e uma rasteirinha no tom da sua pele, finalizando com uma chapéu de palha colorido.
É claro que nossas opções são ilimitadas, por isso compartilho o que interessa muito em usar no carnaval, espero que você curtem bastante esses dias, e se forem a praia nada de esquecer o protetor solar, e a diversão é claro. Beijos e feliz carnaval
Bahi era um menino camponês com uma obsessão
na vida: Conhecer o céu e o inferno. Queria mesmo saber se um era o deserto
escaldante e o outro a miragem em meio ao mesmo deserto que seus pais viviam
lhe contando em histórias e pregando peças. Em meio suas peraltices infantis,
cria que talvez as mesmas o impedissem de chegar ao Oásis que todo ser tem
direito quando" bonzinho".
De tanto pedir, veio à boa notícia das
ordens celestiais. Ele acordou com uma bela moça ao lado da cama, de cara soube
que não era um ser terreno, o rosto dela falava claramente isso sem nenhum
termo. O esticar da mão amiga, a mão direita aceitou sem titubear, soube que o
momento de esclarecer suas dúvidas enfim abordara.
Chegaram num lugar de bela paisagem, os
ruídos e alaridos vinham da mesma direção. Ela o deixou livre e o menino
agitado correu e o ao se deparar com aquela cena seu semblante fechou-se por
demais.
Era uma mesa enorme. Pessoas, pessoas e
pessoas ali sentadas, todas em prantos e gritos. Em cima da mesa um banquete se
perdia. Eram golousemas, pratos de toda sorte de paladares e todos se
estragavam assim, simplesmente. Incomodado olhou o Ser e indagou:
_Por que não comem?
Ela sorriu e respondeu:
_Olhe seus braços. - Que eram tortos,
todavia especificadamente com cotovelos para fora, assim não podiam comer e
assim padeciam com fome pela eternidade. A moça completou:
_Este é o inferno Bahi.
O garoto ficou atônito. Ali? Assim? Como? E
logo foram para o mesmo local.
_Mesmo lugar? - questionou o menino com
certo desapontamento.
_Não. Olhe mais atentamente. -pediu o Ser.
E ele viu que o ambiente era o mesmo,
mesma mesa abissal, mesmo banquete, pessoas com braços tortos, porém com belos
sorrisos nos em seus cenhos.
_Por quê?- Bahi necessitava compreender. E
o Ser apontou para a diferença. As pessoas não podiam pegar o próprio alimento,
no entanto, podiam alimentar ao seu vizinho.
Bahi emocionou-se.
Ali estava não só a diferença, ali se
explicava o céu.
Pois é leitor, nossas atitudes são que
constroem ou destroem onde estamos, e criam em nossas vidas nossos céus ou
nossos infernos.
O
desejo de todo pai e mãe é servir de exemplo para seus filhos. A tarefa parece
fácil grosso modo, mas basta trazer aquele embrulhinho da maternidade e de cara
a gente percebe que a coisa não será tão módica assim. Contudo, a Selma
resolveu educar o Alexandre lhe ditando os sermões maternos que todos nós de um jeito ou outro conhecemos tão bem....
_E por que precisava de tal oportunidade? Já se
passaram tantos anos.-sussurrou crendo que ele não ouvira.
_Sempre achei que essa conversa por mais dolorosa
que fosse tinha que existir.Temos assuntos inacabados Sofia, sabe disto.-
Fitando de lado enquanto limpava o suor de seu rosto de traços marcantes e bem
feito.
A moça sabia que Guto tinha razão. Mas às vezes o
que nos adianta a razão frente à decepção? Nada. Quando a circunstância nos
puxa o tapete jogando-nos num abismo de emoções e lágrimas pouca coisa resta,
uma delas, palavras.Simplesmente parecem perder toda seiva que muitas vezes nos
coloca de pé. O que Sofia queria esconder do rapaz fora a depressão cavalar e
crudelíssima que enfrentara calada e que somente Milton notou porque teve que
conviver com ela.
_Sofia de novo com esse quarto fechado?- Milton era
baixo,branco, cabelos negros,olhar pequeno eum pouco paciente.Compreendia que aquele casamento fora um acerto bem
feito para si e a filha do pastor.Porém se irritava constantemente nos
primeiros anos com a convalescência emocional dela e as idas ocultas ao
psiquiatra.
_Desculpe.- Respondeu num tão quase inaudível.
_Poxa tem que levantar dessa cama e ir viver! A casa
está uma desordem, comida para fazer, roupa para lavar. Daqui teus pais estão
ai para o glorioso almoço de domingo e se ver essa bagunça toda vou me explicar
como para eles? Anda, levanta logo! Anda, anda!
A moça se erguia num esforço descomunal da cama.
Punha primeiro os pés para fora enquanto aoutra parte de si implorava que fenecesse naquele exato segundo e assim
terminaria todo aquele calvário.Milton ia abrindo as cortinas com grosseria e
mais resmungos,afinal aquele era seu único trabalho, fazer de conta que tudo
estava bem.
Sofia naquele dia em particular havia decidido, sem
nada avisar, sem combinação nenhuma com o marido porque evidentemente este a
calaria até mesmo usando a força como ocorrera algumas vezes,que naquele almço
haveria um grande desvendamento.Queria se revelar, pronunciartoda dura verdade tão bem abrigada,rasgar o
peito, expor a alma, abandonar as vestes daquela postura reprimida, abrir as
pernas dos pensamentos e conceber frente a todos a si mesmo,mostrar quem ela
era e como se sentia para aqueles que se intitulavam sua família.Cansara de ser
uma gente cotidiana, de maquiagens mal feitas e retoques ainda piores.Carecia
que aquele tipo de fidelidade resignada fosse enfim extirpado de sua vida para
todo o sempre.Seu pai era um homem comum, cumpridor metódico de seus deveres
religiosos e por ele considerados preciosos.Entendia pouco de prazeres,e ao
findar de tantos anos não conseguia maisdissipar o que eram seus poucos desejos, se tinha sonhos ou se tudo se
aglomerava na tediosa linhagem que construíra ao longo de tantos anos de
dedicação.
A mãe era mais uma dona de casa comum, vendia
cosméticos e roupas para membresia da igreja. Uma mulher submissa, uma mãe
distante, um ser que nunca saberemos se realmente existiu.
Esse era o mundo de Sofia.
Ela se arrumou como nunca. Vestiu-se como mandava o
figurino, roupa contida, sapatos baixos, pouca maquiagem, cabelos presos e um
sorriso falso saudando seus genitores:
_Cada vez mais jovem mãe! Pai, mais forte, não?
Nenhum dos três compreendeu o que havia acontecido
com a filha e esposa recatada, aquele tom irônico não era lhe era peculiar, na verdade,
não estava no roteiro do clichê de família. Sofia não suportava mais a vida, as
pessoas e o sentimento de sempre: Frustração.
Sentou-se apanhando o garfo e apanhando um enorme
pedaço do frango comprado na padaria, abocanhou e com a boca cheia disse:
_Tenho depressão profunda, sabiam? Estou tomando
cinco medicações ao mesmo tempo e nenhuma resolve o meu problema. Nenhum!
Então, o que farão?
_O que deu nela?- indagou o pai ao marido.
_Ela parece estar endemoniada!- soltou a mãe.
_Desculpem meus sogros,Sofia não está não bom dia
e...
_PAREM DE FALAR DE MIM COMO SE EU NÃO ESTIVESSE
AQUI!
Houve um silêncio estarrecedor.
A moça abandonou a mesa, apanhou a bolsa e saiu sem direção.
Era um dia chuvoso, pior somente a tempestade que carregava na alma. Atravessou
carros e carros. Uns frearam em cima dela, outros a xingaram,entretanto pouco
importava,queria algo que nunca mais soube o gosto.Sofia queria a sensaçãodo vento no rosto,do querer, do sorrir,do se
permitir,algo que só desfrutou enquanto esteve com Guto. A liberdade.
E de novo vem o destino com as suas. Milton saiu no
carro atrás dela, sendo sua responsabilidade ou cofrinho, ainda sim era seu
encargo. Foi na descida de uma transversal que um motorista de um caminhão
acreditou que podia romper o sinal prestes a fechar que a vida dele foi
ceifada.
E o peso da culpa inundou a alma já afogada de
Sofia.
_Matei meu marido sabia?- confessou remexendo os pés
naquela terra árida.
_Do que está falando Sofia?- Guto não compreendeu a
declaração da jovem. - Até onde sei Milton morreu num acidente de trânsito e...
_Causado por mim!- gritou com os olhos cheios de
lágrimas. - Eu o matei. O condenei, e por mais que tenha sido um parasita não
merecia isso de mim.- ajoelhando lentamente e entrando num surto de misto e
desespero.Guto abaixou passando a mão em seus cabelos sem saber o que proferir
para lhe abrandar a dor tão notória e desumana.
_Sofia... Olha... Ainda está nervosa com tudo isso
e...
Num ímpeto se ergueu pondo o dedo no rosto do rapaz
ainda no chão:
_E a culpa é sua! A culpa sempre foi sua!
_Minha? Um acidente de carro?
_Sofro de depressão profunda desde faca que me
cravou na alma. Jamais deixei de pensar um dia se quer no motivo que o fez
fazer tamanha sacanagem dessas comigo! Arruinou a minha vida e foi viver a sua,
senhor Doutor em Física Quântica!Você não presta! Não vale o que come!
_Sofia... - Guto por minuto deixou que ela
despejasse o vômito da mágoa nele, compreendia merecer.
_ Foi frio, cruel, egoísta! Meu Deus como eu pude
devotar a minha toda a alguém assim!Todos os meus sonhos foram com você Guto.
Todos!- partindo para cima dele com raiva e o esmurrando apesar de sua pouca
estatura em relação à dele.
Guto
deixou que disseminasse sobre ele toda sua cólera, enquanto ia rememorando
partes da música que tão bem os detalhou naqueles anos de afastamento na
inconfundível voz de Elza Soares.
ESPUMAS
AO VENTO
"Sei
que aí dentro ainda
Mora
um pedacinho de mim
Um
grande amor não se acaba assim
Feito
espumas ao vento
Não
é coisa de momento
Raiva
passageira
Mania
que dá e passa feito brincadeira
O
amor deixa marcas que não dá pra apagar
Sei
que errei e estou aqui pra te pedir perdão
Cabeça
doida, coração na mão,
Desejo
pegando fogo
Sem
saber direito a hora e o que fazer
Eu
não encontro uma palavra só pra te dizer..."
Com o tempo a moça cansou, agora só segredava:
_Por quê? Por quê? Por quê?- e foi a primeira vez depois daquele fatídico
rompimento que permitiu que os braços dele afagassem seu corpo outra vez. Na
medida em que as mãos dele iam descendo por suas costas era como se um ar
quente de pleno aconchego viesse a dominando e acalmando os nervos tão a flor
da pele. Por outro lado, Guto sentia os cabelos delas outra vez entre seus
dedos, seria uma miragem em meio ao deserto? Estaria tudo aquilo realmente
acontecendo?
O tempo parou. O tempo sempre para, pois é o maior
dos admiradores do amor. A mão direita dele deslizou do meio das costas pelo
ombro até chegar a seu queixo e ali relembrar um antigo carinho, esfrega-lo
delicadamente antes de beija-la. Sofia se perdia nos seus olhos, porém ao
sentir que seus lábios outra vez tocariam, o empurrou com força veemente e rebateu
de pronto:
_Jamais!
E Guto viu outra vez seu mundo ruir. Cabisbaixo
apanhou as bolsas e se pôs a caminhar rumo a tal Taberna do Vale que Sinval os
recomendara.Uma hora e meia de silêncio depois chegaram num vilarejo esquecido
pelo próprio Deus.Haviam duas casas. Uma era grande e suntuosa, uma pousada de
fato a outra uma pequena tapera, feita de barro brocado, não seria um exagero
menciona-la como miserável.
Direcionaram para maior quando a voz de jovem que
jazia numa sombraaproximou-se deles.
_Sofia e Guto?
Os dois se entreolharam, porém calados entre si.
Guto o respondeu com a voz seca pela sede e cansaço:
_Sim. Somos nós.
E maior foi à surpresa quando o mesmo saiu da
escuridão e um sua aparência os sobressaltaram. Ele arrastava-se pelo chão,
parecia uma deficiência que o impedira de erguer-se, muito magro, contudo muito
ligeiro e extremamente simpático:
_Que bom tê-los aqui!Sou Jordan.- erguendo com
dificuldade a mão para sauda-los. - É uma honra poder revê-los.
A palavra rever arqueou a sobrancelha esquerda da
moça e fez o jovem coçar a barba já por fazer.
_Podem me acompanhar.Sinval me instruiu os levarei
até minha Taberna.A Taberna do Vale.Serão meus convidados desta vez, adoro
isso, a vida dá tantas voltas!
Guto rompeu o silêncio:
_Nos conhecemos de onde Jordan?
O menino esmirado parou e num enigmático sorriso
replicou:
_Não lembra Guto? Justamente você? - voltando a
caminhar.
Sofia puxou o rapaz pela camisa.
_So que ele está falando? De onde se conhecem?
_Não faço a menor ideia Sofia. Nunca vi o carinha
antes.
_Você nunca foi um bom fisionomista. - rebateu em
repreensão e tomou a frente da conversa em passos rápidos rente ao jovem.
_Com licença Jordan, mas fiquei meio confusa quando
citou nos rever e agora em relação ao Guto.
_È comum que esqueça de mim Sofia.Eu compreendo,
ainda mais da maneira que fiquei.- evidenciando a forma de seu corpo.- No
entanto,graças aos dois eu ainda vivo e no final verão que isso foi o mais
importante,vamos?.- e prosseguiu os passos.
Sofia e Guto criam que a hospedaria seria a grande e
bela casa,mas para sua surpresa,mais uma do dos últimos dias não foi.Jordan
direcionou-se para o tal casebre caindo em pedaços.
Guto revoltou-se:
_O amigo, pelos céus, não me diga que vamos passar a
noite nessa choça desmoronando?
_Guto!- beliscou Sofia seu braço devido menção
ríspida.
_Acredite meu amigo, será muito mais confortável do que
na Casa dos Segredos.
Lá dentro tudo era rústico e simples. Complexo mesmo,
somente o nó que jazia nas mentes de Sofia e Guto.