Quem sou eu?

Danka Maia é Escritora, Professora, mora no Rio de Janeiro e tem mais de vinte e cinco obras. Adora ler, e entende a escrita como a forma que o Destino lhe deu para se expressar. Ama sua família, amigos e animais. “Quando quero fugir escrevo, quando quero ser encontrada oro”.

Esse cartão é para você


                                         
               
Ela usou todo o seu melhor na confecção daquele cartão... Ao representar a raiz de branco fez no sentido de demonstrar  a possibilidade de que se as raízes tiverem a essência da paz, por mais que as folhagens tenham dias escuros, de uma forma ou de outra, haverá de aprender iluminá-las (afinal, a paz é um exercício diário). 

          Gostou do efeito das nuances e do pensamento  de que ficaria muito feliz se as  cores  representadas no pinheiro viesse provocar reflexão, renovação... 

Agradeceu a Deus pelas pérolas que por hora enfeitam seu próprio pinheiro e sem mais delongas, escreveu:

Não está fácil para ninguém... Mas, não devemos esquecer que o nosso melhor presente será sempre o Amor e a Caridade. 

Feliz Natal!

Claudiane Ferreira

        A todos os leitores, autores e amigos faço votos que tenham um Natal caloroso e que reflitam os versos do Gilberto de Almeida que deixei de presente para mim e também para vocês. 

                                 ... se o homem, mais humilde (e sábio), um dia
primeiro sem tentar mudar o mundo,
buscasse a luz da própria melhoria!

Compartilhar:

Justiça de Minas Gerais culpa jovem que teve imagens íntimas divulgadas na internet por se expor

Casos de pornografia de vingança têm se tornado comuns com o crescimento das redes sociais e sites de relacionamento (Foto: THINK STOCK)


O roteiro é conhecido: uma jovem namora por um ano com um rapaz que vive em outra cidade. Os dois usam a internet para se falar e, num determinado momento, concordam em se despir diante da câmera num programa de mensagens instantâneas. A relação acaba e as imagens dela vão parar na caixa postal de seus familiares, amigos e colegas de faculdade.

Casos de revenge porn, ou pornografia de vingança, como ficou conhecido este tipo de crime mundo afora, têm se tornado cada vezmais comuns com o crescimento das redes sociais e aplicativos de relacionamento. Até pouco tempo, os autores deste tipo de ataque ficavam impunes. Mas o caso relatado acima chamou a atenção por outro motivo: dois desembargadores de Minas Gerais entenderam que a jovem também foi culpada por ter se exposto nas imagens íntimas.

O julgamento ocorreu no mês passado no cartório da 16ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça mineiro. Na primeira instância, a juíza Andreísa Alves decidiu condenar o réu, um analista de sistemas, ao pagamento de indenização de R$ 100 mil por danos morais à ex-namorada. Ao chegar ao tribunal, no entanto, a decisão se reverteu. Dois dos desembargadores que analisaram o caso, entenderam que a vítima colaborou “de forma bem acentuada e preponderante” para o crime e reduziram o valor da punição para R$ 5 mil.
A vítima dessa divulgação foi a autora [da ação] embora tenha concorrido de forma bem acentuada e preponderante. Ligou sua webcam, direcionou-a para suas partes íntimas. Fez poses. Dialogou com o réu por algum tempo. Tinha consciência do que fazia e do risco que corria”, escreveu o relator Francisco Batista de Abreu ao justificar sua decisão, reiterada pelo colega Otávio de Abreu Portes.

Para o magistrado, não houve “quebra de confiança” do casal, uma vez que o namoro foi “curto e à distância”. “As fotos em momento algum foram sensuais. As fotos em posições ginecológicas que exibem a mais absoluta intimidade da mulher não são sensuais.(...) São poses para um quarto fechado, no escuro, ainda que para um namorado, mas verdadeiro. Não para um ex-namorado por um curto período de um ano. Não foram fotos tiradas em momento intimo de um casal ainda que namorados. E não vale afirmar quebra de confiança. O namoro foi curto e a distância. Passageiro. Nada sério.”
  •  
A especialista em direito digital Gisele Truzzi (Foto: Divulgação / Arquivo pessoal)
Especialista em direito digital, a advogada Gisele Truzzi acredita que decisões como estas podem estimular esse tipo de comportamento em outros homens que se sentirem revoltados com o fim de uma relação. “É como se o desembargador compactuasse com o agressor. Como se dissesse: ‘Culpada ela, que se exibiu.’ Certamente, esses R$ 5 mil não vão custar a esse indivíduo e ele vai repetir [o ato].”

Na opinião da advogada, ao julgar este tipo de crime, os juízes precisam deixar de lado seus valores pessoais para dar a proteção que a vítima merece. “Não interessa se a pessoa posou para essas fotos. É a intimidade dela. Entendo que não é uma questão de culpa concorrente da vítima. Quem tem culpa é o ofensor. Não é porque ela quis seduzir o parceiro – e não importa se é um relacionamento de uma semana-,  ela confiou neste parceiro e ele traiu essa confiança. A vítima já foi exposta quando ingressou na justiça se expôs novamente ao tribunal.”
Pornografia de vingança
Há nove anos defendendo vítimas de pornografia de vingança, a advogada afirma que, felizmente, a maior parte dos casos têm conseguido condenações na justiça, já que a Constituição e os Códigos Civil e Penal já prevêem o direito à privacidade e punições a quem atenta contra a intimidade. “A internet não muda a configuração do crime, que entra no rol dos crimes contra a honra do Código Penal. O que mudou foi a ferramenta”, diz.

Abaladas emocionalmente e com vergonha de falar sobre os casos, muitas vítimas destes ataques eletrônicos acabam demorando a agir, o que dificulta a reunião de provas para comprovar a identidade do autor.  Segundo a especialista em direito digital, quanto antes for feita a denúncia, maiores as chances de rastrear o computador de onde partiram os ataques e impedir que as imagens se espalhem ainda mais pela rede, causando um dano ainda maior.
Veja abaixo outros cuidados que devem ser tomados para minimizar os efeitos de um ataque virtual:
Revenge porn: saiba o que fazer ao ser vítima de um ataque virtual (Foto: Editoria de arte)







Fonte:Marie Claire

Compartilhar:

"Sobrevivi aos ataques terroristas em Paris”

A decoradora Sophie Reungeot relembra a chacina na casa de shows Bataclan, após duas semanas de ataques terroristas de Paris (Foto: Arquivo pessoal)


“A sexta-feira 13 amanheceu quase fria em Paris. Mínima de 9 graus, típica de um meio de outono. À minha frente, o dia se anunciava longo: dentista logo cedo, escritório na sequência e encontro com amigos à noite. Tentei bolar um look que fosse, ao mesmo tempo, clássico e roqueiro, para durar toda a jornada. Sou designerde interiores e trabalho na maison Pierre Frey, uma conhecida grife de sofás e papéis de parede com sede no bairro de Saint Germain de Prés. Escolhi uma camisa azul, uma calça slim preta, botas de couro com estampa animal print e batom vermelho nos lábios. Além, é claro, de meus óculos de grau. Tenho miopia e, sem eles, não sou ninguém.
No meio da tarde, já cansada e antevendo o dia de labuta que teria também no sábado, comecei a questionar o combinado feito com meu amigo Emmanuel Wechta. Aos 42, Manu, como todos o conhecemos, trabalha numa casa de repouso da Cruz Vermelha coordenando atividades recreativas e tem uma energia invejável. Havia comprado ingressos para o show da banda de garage rock Eagles of Death Metal naquela noite no Le Bataclan. Foi uma compra impulsiva, feita em junho, logo após assistirmos a outra apresentação do grupo. ‘As entradas são baratas. Pago o seu e pronto’, avisou ele à época.
"O clima no Bataclan era ótimo. Havia tatuados, barbudos, quarentões, garotas mais jovens"
Chegando lá, decidimos ficar no balcão do terceiro andar. Gosto da  pista em frente ao palco, mas Manu usa muletas para se locomover, devido a um problema na coluna, e precisava se sentar. Sem perceber, ficamos colados a uma saída de emergência. O clima no Bataclan era ótimo. Havia tatuados, barbudos, quarentões, garotas mais jovens. Copos de cerveja circulavam de mão em mão. Não tenho o hábito de fazer posts no Facebook, mas a noite estava tão boa que publiquei uma foto ao lado de Manu e de sua prima Marielle [Timme, 32, produtora cultural]. 
O grupo subiu atrasado ao palco, às 21h, mas ninguém pareceu se importar com isso. Não havia a menor agressividade no ar. Quando o Eagles começou a tocar, os mais jovens subiram nas costas dos parceiros. Alguns eram suspensos pela massa e iam sendo levados sobre a multidão até a beirada do palco, de onde os seguranças os mandavam de volta. Lá de cima, ríamos vendo tudo aquilo. O vocalista bigodudo, Jesse Hughes, jogou palhetas para o público e armou uma batalha vocal entre homens e mulheres. Me levantei para dançar ao lado de Marielle e fotografar. Nesse momento, disse a mim mesma: ‘Valeu a pena vencer o cansaço. Fiz bem em ter vindo’.
De repente, um barulho ensurdecedor veio do fundo da sala. Por causa da euforia, tivemos todos a mesma reação: ‘Faz parte do espetáculo!’. O som fazia ‘tá-tá-tá’, como se alguém queimasse fogos de artifício. Virei-me de costas, não me dei conta de nada diferente, e voltei a olhar para o palco. Foi quando vi a expressão assustada dos músicos e percebi que algo estava fora do normal.
A banda Eagles of Metal fotografada pelo celular de Sophie (Foto: Arquivo pessoal)

Um guitarrista saía do tablado correndo. O outro parou de tocar e ficou congelado em frente a seu microfone, sua enorme barba pendendo do rosto e sua guitarra em ‘V’ imóvel. No mesmo segundo, alguém disse para eu me proteger atrás do balcão. Me abaixei e, enquanto fazia isso, vi de longe três homens segurando armasenormes. A miopia me impedia de enxergar seus rostos com clareza. O ruído voltou e agora era ensurdecedor.
"Eu, que num primeiro momento pensei se tratar de um assalto, vi os disparos indiscriminados sobre pessoas que não resistiam e entendi que éramos alvo de terroristas. Tive a certeza: iríamos todos morrer"
Um deles iluminou um objeto e o lançou em meio ao público. Pensei: ‘É uma granada’. De repente, as luzes acenderam e a cena ficou ainda mais crua. Eu, que num primeiro momento pensei se tratar de um assalto, vi os disparos indiscriminados sobre pessoas que não resistiam e entendi que éramos alvo de terroristas. Eles eram jovens. Não usavam máscaras. Tive a certeza: iríamos todos morrer.

Senti muito medo. Ainda no chão, ouvi: ‘Abra a porta, temos de sair!’. Eu era a mais próxima, precisava fazê-lo. Mas o temor de ser vista e alvejada me deteve e, quando finalmente me dirigi até a porta, o fiz ajoelhada. Tentei girar a maçaneta diversas vezes – parecia impossível destravá-la. Concluí que haviam nos trancado lá dentro para metralhar a todos com calma. Mas, felizmente, alguém ao meu lado insistiu que eu tentasse de novo, e então consegui.
Por uma fração de segundo, não soube se era melhor fugir ou ficar ali escondida. Tudo estava acontecendo muito rápido. Corri. Fui a primeira a descer pelas escadas, no que pareceram os dois andares mais longos da minha vida. O tempo todo, temia ser surpreendida por uma Kalashnikov [arma usada pelos terroristas do Estado Islâmico]. Me senti completamente sozinha. Claro que havia pessoas atrás de mim, mas não olhei para trás. Perdi meus amigos de vista.

Cheguei ao térreo. Nenhum tiro me atingira nas escadas e, agora, precisava sair dali para acabar com o pesadelo. Me virei para a direita, pensando na curta distância entre aquele inferno e a rua, talvez livre. Estava tão desnorteada, porém, que andei em direção ao palco. Quando percebi o erro, imediatamente pensei: ‘Estou voltando para dentro da sala, isso não é bom!’.
"Fui a primeira a descer pelas escadas, no que pareceram os dois andares mais longos da minha vida. O tempo todo, temia ser surpreendida por uma Kalashnikov. Perdi meus amigos de vista"
Dei meia-volta e aí avistei uma saída de emergência. Me joguei sobre ela, que destravou com facilidade (ao contrário da outra, era acionada por uma grande barra central) e caí na rua, cercada por outros fãs que fugiam em todas as direções. Movida pela adrenalina, nunca corri tão rápido em toda a minha vida. Tinha na mão apenas meu celular. Meu casaco e a bolsa haviam ficado lá dentro.

No meio da rua, as pessoas gritavam: ‘É preciso chamar a polícia!’. Saí correndo em direção à Bastilha, ou ao menos era isso que eu pensava. Me sentia apavorada e queria ganhar distância do Bataclan o mais rápido possível. Ao mesmo tempo, não sentia nenhum alívio ao fazê-lo, pois os terroristas poderiam estar a postos em qualquer esquina. Eu não tinha a dimensão da tragédia que se desenrolava. Ninguém tinha. Tudo parecia possível naquele horror.
Com os amigos, momentos antes do ataque a casa de shows Bataclan (Foto: Arquivo pessoal)

Segundos depois, um rapaz com o rosto coberto de sangue me parou e pediu ajuda para encontrar uma farmácia. A garota que o acompanhava gritava sem parar. Não sei se estava machucado ou apenas sujo com o sangue de outra pessoa. Acompanhei a dupla até um café ali ao lado e pedi ao garçom que chamasse uma ambulância. Nessa pausa, me senti culpada por ter saído sem meu amigo Manu. Por que eu havia deixado meu parceiro, que se locomovia com a ajuda de muletas, para trás?
"Me senti culpada por ter saído sem meu amigo Manu. Por que eu havia deixado meu parceiro, que se locomovia com a ajuda de muletas, para trás?"
Saí do café e voltei a correr na rua, ao lado de outros fãs. Dei de cara com o vocalista, Jesse Hughes. Nos olhamos por um momento e acredito que vimos a mesma expressão na face um do outro. Ele estava aterrorizado. Aquilo me chocou. Meia hora antes, cantava, dançava. As vozes naquela confusão apareciam de todos os lados, ora com desespero, pedindo ajuda, ora com vigor, conclamando os outros a tomar uma ação. Alguém gritou para que entrássemos todos num táxi que ali estava. O carro estilo SUV conseguiu abrigar várias vítimas, não lembro quantas. Quando já estava lá dentro, uma mulher chamou o vocalista, que entrou por último.
O motorista nos deixou na estação de metrô Chemin Vert, a 850 metros do Bataclan. Um rapaz que me acompanhava no táxi se ofereceu para pagar minha passagem, já que eu não tinha dinheiro algum. Mas, assustado, não conseguia inserir a cédula na máquina de venda automática. Um funcionário nos abrigou dentro de uma sala, ofereceu café, água, e nos deu tíquetes. “O show estava bom, não?”, eu disse ao rapaz. Rimos de nervoso. O atendente se apresentou, se chamava Medi, e perguntou se podia nos dar um abraço. Aquilo me fez muito bem.
De repente, estava sendo confortada nos braços de um desconhecido. Foi emocionante. Decidi ligar para Manu, mas seu telefone estava sem sinal. ‘Eu o deixei. Eu o deixei’, era só o que pensava. Tentei então ligar para Jeremy, meu melhor amigo, que não havia ido ao show. É para ele que corro em situações de sufoco, já que meus pais não moram em Paris. ‘Houve um tiroteio’, balbuciei. Não conseguia fazer frases longas. Ele perguntou onde eu estava e me sugeriu encontrá-lo em outra estação do metrô, onde me esperaria com seu carro.
"O atendente se apresentou, se chamava Medi, e perguntou se podia nos dar um abraço. Aquilo me fez muito bem."
Ele foi meu herói. Me colocou no banco do passageiro e dirigiu como um louco em direção à sua casa. Ia muito mais rápido do que a velocidade permitida, mas, para mim, o traslado levava uma eternidade. Jeremy tinha falado com Manu, que, para meu alívio, estava a salvo. Dentro do carro, me contou de tudo o que se sabia até então: aconteceram outros dois tiroteios em Paris, um no Canal Saint Martin e outro na Rua Charonne, além de uma explosão no Estádio da França, durante o jogo de futebol entre as seleções da França e da Alemanha. Aí entendi e tive a confirmação de que se tratava de um ataque de ódio. Mas ainda tinha dificuldade para digerir o que ocorria.
Os terroristas metralharam pessoas nas calçadas. Eram crianças, adultos, brancos, negros, árabes, católicos, muçulmanos. Tive a impressão de estar numa guerra. Na casa de Jeremy, sua colega de apartamento me acolheu de braços abertos. Às 23h, consegui finalmente falar com minha mãe, que estava na Auvérnia, onde nasci, e assistia a uma peça de teatro enquanto Paris ardia.
Passei a noite assistindo à TV e respondendo mensagens. Jeremy colocou todas as garrafas de vinho que havia na cozinha sobre a mesa. Perdi a conta de quantas taças bebi. As notícias sobre os outros eram tensas. Por volta de meia-noite, Manu confirmou que três amigos, de nosso grupo de seis, continuavam dentro do Bataclan. Senti como se um punhal tivesse atravessado meu coração. Me disse para não publicar nada no Facebook, pois dois deles se comunicavam com a polícia, escondidos, e havia o risco de os terroristas descobrirem. Eles estavam trancados dentro de uma sala. Uma geladeira e um sofá colocados em frente à porta barravam a entrada dos bandidos.

Por ele soube também que Marielle se escondera num banheiro. Ao sair, liberada pela polícia, precisou desviar do corpo sem vida de um dos terroristas no chão. Os oficiais pediam que não olhassem para a pista de dança, que estava coberta de sangue e cadáveres. Manu depois participaria de um programa de TV sobre os ataques e lá encontraria um segurança do Bataclan que lhe descreveria a cena: os terroristas entraram atirando. Primeiro, em direção ao vestiário e ao local onde eram vendidas camisetas da banda. Depois, sobre o bar e o público no fundo da sala. Um deles subiu no mezanino, o local onde eu estava. Ainda bem que decidi fugir no minuto anterior.
"Nessa noite, deitei para dormir na cama da minha mãe, como uma criança de 10 anos. Mas não preguei os olhos."
Passei a noite toda acordada. Ao amanhecer, fui para a janela. O sol estava nascendo e iluminou a cidade. Do apartamento de Jeremy no 18º andar, vi a paisagem mais linda do mundo. A Torre Eiffel de um lado, o Palácio dos Inválidos de outro. Foi um conforto.Paris continuava lá.

Às 9h, saímos rumo à casa de minha mãe, no sul da França. Nas três horas de viagem, ouvimos música, cantamos. Ele foi meu herói. Quando chegamos, a porta se abriu e vi minha mãe estender seus braços para mim. Eu estava muda e ela, muito emocionada. Me segurou por um longo tempo. Dei entrevistas e respondi perguntas o dia todo. À noite, encontrei antigos amigos num bar. Precisava sair. Mal bebemos. Mal comemos. Ninguém tinha apetite. Nos abraçamos, conversamos sobre o futuro,  rimos. Nessa noite, deitei para dormir na cama da minha mãe, como uma criança de 10 anos. Mas não preguei os olhos.
No dia seguinte, fui visitar meu pai, que mora a 30 minutos dali. Ele me recebeu com os olhos cheios de lágrimas. Aí, sim, desabei. Foi a primeira vez que consegui chorar de verdade. Minha família toda estava lá. Um priminho me entregou flores. Passei o domingo com eles. As crianças fizeram muitas perguntas. Voltei para Paris na tarde de segunda-feira. Ao chegar à estação de trem, senti uma angústia. Peguei um táxi para chegar em casa mais rápido, mas também porque queria ver a cidade.
No fim de semana seguinte, eu deveria ir com Manu ao show da dupla de indie folk Brigitte, mas desistimos. Preciso de um tempo. Não consigo entender de onde vem araiva dos terroristas. Não os odeio, mas sei que nunca mais serei a mesma. Vi a morte de perto e tive muita sorte de sobreviver, de ter uma família e amigos que se preocupam comigo. Daqui para a frente, vou dizer mais vezes ‘eu te amo’. Quero encontrar as pessoas. Celebrar. A vida é muito curta.”
Fonte:Marie Claire

Compartilhar:

'Anjo da guarda' é flagrado ao lado de homem após acidente de trânsito

(Foto: Reprodução)

A família de um homem que sobreviveu a um grave acidente de trânsito está convencida de que ele foi salvo por nada menos que seu anjo da guarda. A certeza veio após a divulgação de uma foto, onde uma figura fantasmagórica é vista ao redor do rapaz. 

O acidente ocorreu na semana passada em Abbeville, na Carolina do Sul, Estados Unidos. Após capotar seu veículo, a vítima conseguiu sair pela janela e permaneceu em posição fetal enquanto aguardava resgate. 

A cena foi flagrada pelo pastor Michael Clary, que avistou a figura próximo ao homem. Segundo ele, o homem estava em uma posição de oração, pedindo que Deus o salvasse. O suposto anjo aparece ao lado direito na imagem.

(Foto: Reprodução)(Foto: Reprodução)

Enquanto internautas acreditam que a figura não é nada menos que o reflexo de algum tipo de luz, a família do homem se reconforta na possibilidade de o rapaz ter sido salvo de fato por uma presença divina. 

“Você pode ver na imagem, no lado direito, que um anjo aparece de joelhos rezando sobre ele”, disse Lynn Wooten, prima do rapaz acidentado em entrevista à Fox Carolina. “Nossa família acredita muito em anjos da guarda e ele teve sorte de sobreviver”, completou. 

O rapaz sofreu fratura nas pernas, nas costelas e um corte profundo na orelha. Ele foi encaminhado para o Hospital Greenville Memorial e passa bem.
Compartilhar:

Pesquisador afirma que há outro rosto sob “Mona Lisa” – veja!




Entre os observadores mais fiéis do quadro de Da Vinci está Pascal Cotte, que estuda essa obra em específico há mais de uma década. Cotte foi o primeiro a contar com os recursos tecnológicos do Método de Amplificação de Camada (LAM, na sigla em inglês), e agora ele afirma que, por trás do rosto de Mona Lisa, existe uma pintura de outra mulher.
De acordo com Cotte, embaixo de Mona Lisa há outro retrato, no qual a modelo olha para o lado – O Museu do Louvre, que deu a autorização para que o especialista analisasse a obra, não quis comentar as declarações feitas por Cotte.

Será?

 

Agora nós podemos analisar exatamente o que está acontecendo dentro das camadas da pintura. E podemos descascá-la como uma cebola”, disse o especialista à BBC. A ideia, segundo ele, é reconstruir a pintura cronologicamente, ou seja: descobrir por onde Da Vinci começou e como terminou o quadro.
Com o auxílio do Método de Amplificação, Cotte conseguiu iluminar o quadro com a ajuda de luzes intensas, de modo que foi possível fazer medições exatas das camadas de tinta e, assim, reconstruir esse passo a passo.
Acredita-se que a Mona Lisa tenha sido pintada entre os anos de 1503 e 1517. Ainda não se tem certeza de quem foi a modelo que o pintor retratou, mas a maior suspeita é a de que ela tenha sido Lisa Gherardini, esposa de um comerciante de seda de Florença, onde Da Vinci também viveu nesse período.

Mais mistério

De acordo com Cotte, sua análise minuciosa o permitiu descobrir outro rosto por trás do de Mona Lisa. A figura da outra mulher tem, segundo o estudioso, um semblante mais sério, e, com base nessa descoberta, é possível dizer que a mulher do famoso quadro não era Lisa Gherardini, mas sim outra pessoa, ainda desconhecida. “Os resultados abalam muitos mitos e mudam a nossa visão do principal trabalho de Da Vinci para sempre”, resumiu.
No entanto, nem todos estão acreditando nas declarações de Cotte. Para Martin Lemp, professor de História da Arte da Universidade de Oxford, a teoria de Cotte é insustentável: “Não acho que haja estes estágios que representam diferentes retratos. Eu vejo isso mais ou menos como um processo contínuo de evolução. Eu estou convencido de que a Mona Lisa é a Lisa (Gherardini)”, declarou o professor.
Já para o historiador e apresentador Andrew Graham-Dixon, essa é uma das “histórias do século”. Ele acredita que, a partir do momento em que a versão de Cotte for considerada verdadeira, o quadro mudará de nome: “É disso que estamos falando – é ‘Adeus, Mona Lisa, ela é outra pessoa’”, disse ele, empolgado.

FONTE(S) 
IMAGENS 
Compartilhar:

Kátia Abreu joga vinho no rosto de Serra e crava: 'Você nunca será presidente do Brasil'

Kátia Abreu joga vinho no rosto de Serra e crava: 'Você nunca será presidente do Brasil'

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, em Brasília. (AFP)A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, em Brasília. (AFP)
A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, não gostou de um comentário do senador José Serra (PSDB-SP) e, inconformada, teria jogado uma taça de vinho no rosto do tucano. O incidente teria ocorrido na noite da última quarta-feira (9), durante jantar na casa do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE).  As informações são do blog de Mônica Bérgamo, da Folha de S. Paulo.
Segundo a jornalista, a ministra confirmou a veracidade do ocorrido. No local, estavam presentes cerca de 40 parlamentares e também o vice-presidente Michel Temer. "Eu fiz o que qualquer mulher honrada faria. Respondi à altura de quem preza a sua honra", disse Kátia, que também comentou o ocorrido em seu perfil no Twitter.
De acordo com ela, Serra "simplesmente chegou numa roda em que não tinha sido chamado, sem mais nem menos" e falou: "Kátia, dizem por aí que você é muito namoradeira". Presidente do Senado, Renan Calheiros teria tentado consertar a gafe, explicando que a ministra tinha se casado este ano.
Mas a reação dela foi imediata: "Você é um homem deselegante, descortês, arrogante, prepotente. É por isso que você nunca chegará à Presidência da República", afirmou. "E, de mais a mais, nunca traí ninguém na minha vida". 
"Nunca lhe dei esse direito nem essa ousadia. Por favor, saia dessa roda, saia daqui imediatamente", emendou. Foi nesse momento que ela atirou o vinho no rosto de Serra. "Que ódio me deu", completou, explicando que "não tinha outra atitude a tomar".
Reagi a altura de uma mulher que preza sua honra.Todas as mulheres conhecem bem o eufemismo da expressão "namoradeira".
A reclamação de vários colegas senadores sobre suas piadas ofensivas são recorrentes.
Foi infeliz ,desrespeitoso,arrogante e machista.
Serra teria se afastado e não quis comentar o assunto. Após o episódio, a ministra ressaltou que a confusão nada tem a ver com a atual divergência política dos dois – Kátia é amiga pessoal de Dilma Rousseff, enquanto Serra trabalha ao lado da oposição para a aprovação do impeachment. 
"Imagina se vou brigar com colega por causa de bandeiras diferentes que cada um possa ter. E eu fiz campanha para o Serra [à Presidência nas eleições de 2010], uma campanha derrotada, mas que sempre apoiei", concluiu a ministra.
Em resposta, José serra defendeu que "foi uma brincadeira com intenção de elogio". "Me desculpei. Sempre tive respeito pela Kátia", afirmou o tucano mais tarde ainda nesta quinta (10). 
Fonte:yahoo

Compartilhar:

Assexual: “Não vejo problema em morrer virgem”


(Arquivo pessoal)
Aos 41 anos, a escritora Luciana Do Roccio Mallon não está nem um pouco incomodada com o fato de nunca ter feito sexo na vida. Os outros é que estão. Antes mesmo de ler esta entrevista, alguns dirão coisas como “ela não sabe o que está perdendo”, outros vão se voluntariar para “resolver o problema”. Acontece que, para os assexuais, morrer virgem não é problema. Porque eles simplesmente não sentem desejo sexual, não têm vontade de dar uns amassos e transar. E isso não tem nada a ver com ser hétero, homo, bi ou transexual. 
Nem com celibato, quando uma freira ou um padre decidem deliberadamente que não terão qualquer atividade sexual - mesmo que dê vontade. Assexuais não tomaram uma decisão, entende? Eles são assim e isso não lhes causa angústia. Podem ter apenas a atração romântica ou mesmo suprir suas necessidades emocionais com uma rede de amigos. Praticam ou não a masturbação (geralmente por impulso fisiológico, não propriamente sexual). Luciana conversou comigo sem demonstrar vergonha ou culpa, contou do estranhamento das pessoas, de como enrolou os ex-namorados…
- Você teve uma educação familiar conservadora? Sexo era transmitido como algo pecaminoso, sujo ou algo do tipo?
LUCIANA – Sim, era conservadora. Desde criança me ensinaram a me proteger dos pedófilos - eu morava num bairro carente na época, onde os estupros não eram raros. Fui ensinada a não deixar adultos tocarem no meu corpo. Mas, na verdade, eu não gostava nem dos toques com brincadeiras das próprias crianças. Bem, eu não podia frequentar baladas e nem namorar na adolescência.
- Em geral, na adolescência, começamos a descobrir nosso corpo e as sensações sexuais, seja se masturbando ou ficando excitado involuntariamente (ao ver uma cena de filme, por exemplo). Isso nunca aconteceu com você?
LUCIANA - Sim, já aconteceu. Quando eu tinha 10 anos, eu comecei a me masturbar, mas não sabia o que era isso. Passei um elefantinho de pelúcia no meu corpo. A sensação foi a mesma de quando coloquei meu dedo numa tomada estragada e levei um choque.
- Como assim? Foi ruim e você nunca mais se masturbou?
LUCIANA - Não foi exatamente ruim, era apenas uma brincadeira solitária. Até os 38 anos, me masturbava quando ficava tensa ou nervosa. Era uma forma de descarregar a tensão. Depois parei, não senti mais vontade.
- Então você deve ter tido orgasmos.
LUCIANA – Analisando hoje, adulta, acredito que sim.
- Você tinha algum impulso sexual, mas não em relação a outras pessoas, certo?
LUCIANA - Sim. Talvez eu tenha ficado mais madura. Não gosto até hoje quando pessoas me tocam.
- Como foi seu primeiro beijo na boca?
LUCIANA - Na faculdade, aos 23 anos. Foi muito ruim. Sonhava que fosse com um namorado e não com um colega de faculdade. Beijei por curiosidade, mas achei a troca de salivas muito nojenta.
-  Você já namorou? Como era a questão do contato físico com o outro?
LUCIANA - Tive meu primeiro namorado com 27 anos e outro, em 2009. Nunca fiz sexo com eles também. Eu os abraça e beijava, mas não gostava muito. Fazia só para agradá-los.
- Eles souberam desde o início que você era virgem?
LUCIANA - O primeiro namorado nunca soube. O segundo ficou sabendo três meses depois, mas não expressou opinião sobre o assunto. Eu sempre tentava contornar a situação, enrolava mesmo. Nunca fui à casa deles nem a lugares isolados, dizia que tinha outros compromissos, que estava com cólicas menstruais, etc.
- Dava a desculpa do “sexo só depois do casamento” também?
LUCIANA – Sim. Posso até me casar com alguém um dia, mas faria sexo só para agradar o marido. E conheço muitas mulheres casadas que fazem o mesmo…
“Ser assexuada é só uma parte da minha personalidade e não me prejudica em nada”, afirma Luciana (Arquivo Pessoal)
- Você ficou três anos, sem sexo, com o último namorado. Acha que ele te traía?
LUCIANA – Como eu entendia que ele era uma pessoa sexual, adotei uma espécie de relacionamento aberto. Eu não considerava traição porque fazia parte do trato. Pelo que pude observar, com as outras ele apenas fazia sexo. Terminamos só porque ele mudou de cidade.
- Pra você, um relacionamento amoroso não precisa de sexo?
LUCIANA - O problema é que a sociedade valoriza demais o sexo. Eu valorizo o amor, o companheirismo, a empatia e, principalmente, a compreensão.
- Como você descobriu que era assexual?
LUCIANA - Vi que era diferente desde a adolescência. Minhas colegas gostavam de ficar com os meninos, eu achava repugnante e vulgar. Também não tinha desejo por meninas, embora me chamassem de sapatão. Eu era tímida e estava longe dos padrões de beleza. Aos 15 anos, me zoavam porque eu era virgem. Em 2004, digitei no Google e no Orkut “adultos virgens” e foi um alívio descobrir que não era a única pessoa no mundo assim. Cheguei a grupos de assexuais e me identifiquei. Comecei a ler pesquisas sobre o assunto.
- O que você acha das pessoas que fazem sexo casual, sem envolvimento amoroso?
LUCIANA -  Eu não condeno o sexo casual. Como disse Johnny Depp: "Feio não é fazer sexo sem amor, feio é fingir amor para conseguir sexo. ”
- Deve ouvir piadas do tipo “não sabe o que está perdendo”, né?
LUCIANA – Desde a adolescência, minhas colegas me zoavam por ser virgem. Algumas já eram mães com menos de 15 anos. Alguns me olham feio porque sou solteirona, mesmo sem saber que sou assexuada. Mas tive problemas piores com duas ginecologistas. Uma delas, durante a consulta, perguntou quando havia sido minha última relação sexual. Respondi que nunca tinha feito sexo. Ela fez cara de espanto e disse: “Nem oral, anal? O cadastro diz que você tem 33 anos! ”. Procurei outra médica, que também ficou surpresa e desconfiada. Quando estava examinando minhas partes íntimas, disse: “Não acredito no que estou vendo! Você é virgem mesmo”. Me senti constrangida de novo, um extraterrestre. Decidi que nunca mais iria a uma ginecologista.
- E a sua família?
LUCIANA – Aceitam e acham até melhor porque assim evito pegar doenças venéreas, corro menos risco de sofrer alguma violência. Minha mãe sempre preferiu que as filhas fossem virgens (mas minha irmã é casada e sexual). Ela tem pavor de ser avó, não curte crianças.
- Algumas assexuadas preferem a ideia de adotar a ter de fazer sexo para engravidar. Você nunca quis ser mãe?
LUCIANA – Não, nunca. Não tenho esse dom. O curioso é que sempre tive pavor de engravidar. Como sou pobre, acho que não teria estruturas para criar um bebê.
- Essa não é a primeira vez que você dá entrevista. Por que decidiu falar publicamente que é assexual?
LUCIANA - Porque é uma forma de a sociedade compreender e aceitar os assexuais. Sou uma pessoa comum que trabalha e estuda. A assexualidade é só uma parte da minha personalidade que, no momento, não me prejudica em nada. Podem comentar o que quiserem que eu não ligo.
- Você gostaria de morrer virgem?
LUCIANA - Não vejo problemas, já que não gosto de sexo.

FONTE;*Nathalia Ziemkiewicz é jornalista, educadora sexual e idealizadora do blog Pimentaria. Quer apimentar o mundo com informação e bom-humor. 
Compartilhar:
←  Anterior Proxima  → Página inicial

Agora no Blog!

Powered By Blogger

Total de visualizações de página

Danka na Amazon!

Siga Danka no Instagran

Danka no Wattapad

Curta Danka no Facebook!

Seguidores

Confissões Com Um "Q" De Pecado

Entrevistas

Danka no Google+!

Danka no Twitter

Danka no Skoob

Seguidores

Arquivo do blog